domingo, 19 de janeiro de 2014

Entrevista com Andrea Miratti

Andrea Miratti, diretor do curta Diva, que aborda os conflitos da confiança pela perspectiva de um transexual e retrata também os dramas do amor.
Sua produção tem a possível data de ser lançada em junho desse ano e durante a entrevista ela nos conta as dificuldades para montar o curta e conseguir o elenco para o curta.

Como surgiu o projeto Diva?
A: O Diva foi meu primeiro roteiro. Mas, eu não tinha intenções "a priori' de dirigir este filme. Fiquei aguardando por alguém que topasse dirigir um filme sobre travesti. Esperei por quase dois anos. Enquanto isso eu produzi e dirigi outros projetos.
No final de 2012 eu apresentei o projeto ao Eric Marinho, Diretor de fotografia. Ele optou por fazer uma fotografia impressionista. A partir daí começamos a estudar como fazer o "Diva".

Por que o título, Diva?
A: Diva é o nome da personagem. O conceito da palavra "diva" é relativo a divindades e beleza feminina. Então criamos a nossa "Diva" que é feminina; a essência feminina em um corpo masculino.
Assim, o conceito de Diva surge sem trejeitos e maquinações exageradas. É apenas uma figura feminina que está em um corpo que difere de suas necessidades.




Como foi escolhido o elenco? Teve alguma dificuldade para encontrar atores dispostos a fazer esse personagem?

A: Nós fizemos teste de elenco. Recebemos mais de cem inscrições na primeira hora. Foi incrível. Eu iria deixar aberto para mais dias, mas foi inviável.
Selecionamos de acordo com o material que nos foi enviado e ficamos surpresos com a qualidade e profissionalidade dos inscritos.
No teste nós selecionamos os quatros atores. Só que houve uma situação inesperada. A gente que lida com a arte sabe dos imprevistos.
O ator que foi selecionado para ser o "Diva" ficou conosco até uma semana antes do início das filmagens. Ele teve um problema de saúde e teve de sair do projeto.
Só que a locação em Petrópolis já estava agendada. Adiamos alguns dias e de repente, durante uma filmagem eu conheci o Luiz Menezes.
Entre a agenda de gravação de "Amor e sexo" e as atividades como bailarino do Municipal de Niterói, a equipe dele conseguiu dias para que coubesse o "Diva".

Qual foi a maior dificuldade para fazer o curta?
A: Orçamento (risos).

Por abordar a vida de um travesti tiveram dificuldade para patrocínio ou divulgação?
A: Sim, para ambos. O filme é completamente independente por isso. As pessoas, de uma forma geral, acham que: travesti, homo afetivos e temas transgêneros devem ser abordados de forma cômica e exagerada. "Diva" é um filme sério sobre uma situação que pode acontecer na vida de qualquer um: desconfiança.

E quais são os diretores e roteiristas que você admira?
A: Como diretor e roteirista eu gosto do Pedro Almodóvar e, também, do Orson Welles.
Volver, filme de Pedro Almodóvar.



Como você descobriu que queria trabalhar com cinema?
A: Quando eu percebi que a vida é curta demais para passarmos um terço dela fazendo algo que pouco nos apraz.

Quais são os próximos os próximos projetos?
A: Estamos com uma comédia (um misto de drama com comédia; sobre gêneros) Vamos abordar de forma séria, algo que de tão estigmatizado chega a ser cômico. Se chama "A roupa que te despe" e trata de uma travesti que trabalha à distância para uma editora religiosa, um dia ela recebe um prêmio e o dono da editora decide conhecê-la.

Quando pretende lançar o curta Diva?
A: Ainda não tem nada definido. Mas, devemos estrear na semana de cinema e diversidade, organizada pelo Nucine, na primeira semana de junho deste ano.

Qual conselho você daria ao pessoal que pretende trabalhar com cinema?
A: Estude e crie. Trabalhe e confie.

Confira o segundo teaser do curta: 

Para saber mais sobre o projeto, confira a page no facebook: 
https://www.facebook.com/diva.filme

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