sábado, 21 de setembro de 2013

Crônica: Devaneios de uma estudante

Alguns alunos estão assistindo algum seriado,outros estão focados nos possíveis casos das guerras internacionais, alguns estão focados em seu sonho, lendo ou estudando, acreditando constantemente que isso o fara melhor e assim o ajudara a chegar a um lugar melhor.
Tantos medos me rodeiam e cada dia descubro novas loucuras e percebo o quão inconstante sou, tento lidar com a minha caligrafia e minha narração tão curta em textos que sinto que precisam ter mais conteúdo e enquanto isso o Mundo continua seguindo suas mudanças e estou aqui deitada com os olhos fechados ouvindo a minha respiração e tentando encontrar alguma coisa que me motive a levantar e ir para a faculdade me encontrar que pessoas que são pseudo-pessoas.
São todos tão arrumados e quando abrem a boca normalmente vem com os conceitos básicos existências : comer, comer e estar atraídos pelo sexo oposto ou pelo seu próprio sexo, mas é sempre a mesma conversa, sem nunca expandir um debate importante sem que alguém se sinta muito ou pouco insultado pelas opiniões alheias.
Todas as manhãs alguns professores são capazes de ser grandes educadores, enquanto outros tornam as aulas entediantes. Alguns matérias tem um nome atraente e normalmente eu imagino o quanto a aula deve ser interessante, porém desde que entrei na universidade as as aulas que estão me dando animo para estudar são as que eu não imaginei que seriam tão interessantes, pois o educador tem paixão de ensinar,enquanto outros estão ali apenas para receber a quantia tão desejada no final do mês.
Apesar de tudo, eu ainda estou lá todas as manhãs,esperando que assim eu consiga mudar meu futuro, tentar ir além e conseguir sentir meu sonho mais próximo.
O despertador toca com alguma música que eu nem lembrava que tinha escolhido para tocar, e assim inicia meu dia com o toque do violão na música do despertador, enquanto ouço a voz da minha mãe me chamando para levantar.
Ouço também alguns pássaros começando a cantar, e assim consigo tomar energias interiores para o novo dia com a aula que nesse momento não consigo lembrar.Sento na mesa, como alguma fruta e tenho uma conversa cotidiana com meu pai e minha mãe, e me preparo para as alegrias e tristezas desse dia.
Depois do café, eu corro para pegar o ônibus e tentar encontrar algum lugar para que eu possa me sentar e ouvir alguma música e tentar tirar um cochilo, mas como a maioria dos dias o ônibus está lotado e tem muitos estudantes e trabalhadores, cada um com seu olhar distante provavelmente pensando em seus sonhos, sua família e seus amores.
Olho para cada rosto, rostos tão lindos e tão belos, seus rostos mostram tudo, mesmo quando eles não estão dispostos a mostrar, ainda é possível encontrar nas marcas de seus sorrisos no olhar, ou ver o momento incessante da sua mão de ansiedade para chegar logo ao terminal e todos são tão previsíveis.

Espere, mais um devaneio está vindo, olho para dentro de mim e percebo o quanto preciso evoluir, apesar de escrever que todos são previsíveis ao dizer que eles são isso, eu também me igualo a eles, pois meu pensamento se iguala ao de muitos neste lugar.
Tentamos ser e sempre provar para todos e nós mesmos que somos diferentes, mas quem é diferente simplesmente é, não tem essa necessidade de ficar se mostrando, pelo menos é o que sempre pensei, mas talvez , novamente esse pensamento esteja errado.
Olhar para o meu interior me faz refletir tanto, refletir tanto sobre como trato as pessoas, sobre meus estudos, minha família e normalmente quando concluo esses pensamentos sempre ouço uma voz interior falando:
- Você pode fazer muito por eles e por seu sonho, só precisa aprender a lidar com seus medos.
E apesar de saber que provavelmente essa voz é o meu eu interior me incentivando a não desistir de mim mesma, ainda consigo ficar as vezes desanimada, pois ao refletir, consigo perceber o quanto eu preciso evoluir e o quanto estou longe da onde eu quero e preciso estar.
Alguns devaneios são constantes nesses dias tão automáticos e assim eu chego no terminal onde preciso ir para a faculdade, a partir do primeiro devaneio , os outros são constantes, pois a realidade e a ficção brincam em minha mente, entre uma aula e outra uma estória pula da minha mente, querendo ser viva e apesar da minha concentração eu preciso escrever, pois sinto que foi para isso que nasci e apenas assim posso acreditar que minha vida vai estar completa, viver do que escrevo, viver do meu devaneio, viver de leitores que algum dia possam ler esses textos e se encontrar neles, viver e acreditar que estou no caminho certo.
Espero que você me acompanhe nessas crônicas de devaneios,pois eles são alguns reflexos de quem eu ainda sei que posso ser.





1 comentários:

Felipe M. Andraos disse...

Foi o melhor texto que eu já li na internet ! Nunca me senti tão próximo de alguém só pela leitura, como eu me senti agora. EU ADOREI !

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